domingo, 30 de dezembro de 2012

Barros.

A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas.

Eu quero conhecer este homem que me escreve tanto.Manoel de Barros seu lindo, me espere!

sábado, 22 de dezembro de 2012

Extraído por aí.

Houve um tempo em que acreditava que havia um porque, um sentido que uma hora viria à tona, até que me dei conta que o sentido é a própria vida. Cansei de esperar de almejar e de achar que um dia o “buraquinho vazio” que tinha seria preenchido por algo mágico, tolice, a magia já estava aqui, a vida é o que é.

Cara limpa, e nada de sorriso amarelo!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Tem gente que está do mesmo lado que você...

Compro aquela sapatilha coliridinha, super fofa, uso e me decepciono profundamente.Ela machuca meu calcanhar, faz doer minha cabeça e tira meu sossego.Oque eu faço?Boto um bandeid, tomo uma neosaldina e vou dar uma volta,assim a dor vai passando e meu pé se acostuma.Como eu tô madura(risos).

Aquela fábula sobre o burro é antiga e muito verdade.O velho o menino e o burro.Vítimas das críticas sociais.E a gente não escapa disso.Nunca.Penso muito nisso ultimamente de como não podemos dedicar atenção irracional para as críticas, pois estas acontecerão sempre, independente da maneira em que procurarmos agir.
Tenho uma dificuldade descomunal de separar uma crítica construtiva de uma destrutiva.Um sentimento infinito de que querem meu sangue.O jeito como eu tenho digerido essas críticas me deixa aliviada, minha pressão interior tem sido domada, fico feliz.Ouço...mas oque penso sobre tudo, é que vem primeiro.E não é da boca pra fora, oque me deixa bem mais aliviada também.
Tem gente que não está do mesmo lado que eu,e nem deveriam estar do lado de lá.Oque dá na mesma coisa.
Quanto a sapatilha, uma verdade, mas também uma metáfora.


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Blowin' in the wind

Hoje foi um dia brando.Um dia para pensar.Pensei.E cheguei a conclusão de que sempre penso, mas nunca penso.Eu penso que penso.É vago.Tem um botão no automático ligado, e os filtros...todos desligados.Conversa de doido.Mas só sei que foi assim.

Um desconforto físico.Minha cabeça tá do tamanho do globo, maldita sinusite, rinite, seja lá qual das ite for.E eu to tentando pensar, de novo.Não tá funcionando.Meu irmão outra vez me disse, que eu preciso aprender a pensar e pior, disse isso num tom de _Eu sei que você precisa.Tá meu nível de desmazelo e sonsera é alto but...Mas o fato é, tenho preguiça.Penso sobre assuntos que me incomodam e não faço nada para que parem de incomodar,ou ao menos entender o motivo do incômodo.Preguiça, pura.Meu pai outra hora disse: você Ketholly, é a caixa de pandora, mas só de preguiça.I'm screwed.

E só hoje foi que percebi que as coisas não andam por conta disso, e por causa de outras coisas também e que esse post nunca vai fazer sentido pra mim,muito menos pra seu ninguém.São tantas coisas, que nem sei de que raios estou falando.E quantos anos eu tenho.Pareço uma idosa reclamona, até pelo"que raios".E idosa reclamona é pleonasmo, Ketholly.

Depois de ouvir tantas músicas significantes pra mim, termino a noite dizendo: a resposta meu amigo, está soprando ao vento!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

É um estrepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É uma ponta, é um ponto, é um pingo pingando
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama...

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Let it be.

And when the night is cloudy
There is still a light that shines on me
Shine on until tomorrow
Let it be

Let it be
Let it be
Let it be

Preciso fazer disso um mantra.

domingo, 4 de novembro de 2012

Só levaria...

Andando por aí nesse mundo internético vi um site(http://theburninghouse.com/) onde o pessoal posta fotos do que levaria de casa, caso ocorresse um incêndio.Claro, tudo hipotético então dá tempo pra pensar no que pegar. Mas se levar a sério a idéia e realmente fingir estar nessa situação, sai alguma coisa.Interessante no site foi ver como a maioria das coisas tem mais apelo emocional do que capitalista rs.Eu fiz a foto e não me surpreendi nem um pouco.

Tá na mão:
Meu livrinho do Manuel de Barros que é um mimo.
Cd do Bon Jovi (presente dado por um grande amigo)
Porta retraro que me lembra minha viagem louca pra Londres
Remédios pra rinite e afins.
Óculos de grau
Câmera comprada com o suor do meu único trabalho haha
Minha xícara
Cd com a trilha sonora do meu intercâmbio em Galway(outro presente de uma grande amiga)
Uns guias que ganhei na Irlanda(volto para conhecer oque ficou pra trás...)
E esse creme pra cabelo aí, que foi só pelo desespero mesmo.

Pensei em um monte de coisa, mas tudo que ia pensando, pensava logo atrás, dá pra comprar outro, ou não é tão importante assim.São só coisas.Não que esses itens aí de cima não sejam coisas, mas tenho apreço, um apego emocial grande por N motivos.
É eu peguei meus documentos, coisa que eu não faria se o incêndio fosse real.E também falta aí o meu passaporte, que foi a primeira coisa que pensei, por causa das stamps, e infelizmente eu o perdi.Aaaaaaaah que ódio.Mas a lição tá viva.Foi bom fazer o exercício mental e saber que posso sair, fechar a porta e deixar o peso pra trás, levando só o que vai dentro.

Tribunal de causas realmente pequenas.

Você pensa que faz oque quer? Não faz.
E que quer fazer oque faz? Não quer.
Tá pensando que Deus vai ajudar? Não vai.
E que há males que vem para o bem? Não vem.
Você acha que ele há de voltar? Não há.
E que ao menos alguém vai escapar? Ninguém.
Paro pra pensar, mas não penso mais de um minuto sem pensar em alguém
que não para pra pensar em ninguém.

sábado, 3 de novembro de 2012

....

O abandono do lugar me abraçou de com
força.
E atingiu meu olhar para toda a vida.
Tudo que conheci depois veio carregado
de abandono.
Não havia no lugar nenhum caminho de
fugir.
A gente se inventava de caminhos com
as novas palavras.
A gente era como um pedaço de
formiga no chão.
Por isso o nosso gosto era só de
desver o mundo.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Please hold, hold me so tight...



Nem lembro quando começei a gostar desse tipo de música.Sei que do gênero, gosto dessa em especial.Toda vez que escuto faço aquela viagem básica... me imagino num salão super ornamentado,pessoas refinadas dançando de um lado pro outro e eu tomando um bom vinho, na presença de um homem charmoso,engravatado, com aquela barba por fazer... bem romancizinho de filme hollywoodiano.Arrisco até em pensar num dueto,ele grave e eu um mezzo-soprano. Details metters.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Hey ho, let's go

Tô com tanta vontade de viajar, de ver as coisas pela primeira vez outra vez.Daquela sensação de não saber a lingua muito menos oque dizer.Quando a gente viaja, começa a ver as coisas por outro prisma. No inicio questionei muito os costumes.Morei com uma irlandesa super bem humorada, que fazia questão de parar pra me escutar, apesar daquele inglês intragável.Ahhh... Porque vocês são assim?Mas assim como? Assim!Porque tantas batatas?Porque? Até começar a me comunicar de fato e ser repreendida pelos mesmos tipos de perguntas.Como vocês conseguem comer arroz com feijão todo dia? Porque toma dois banhos por dia? Como é engraçado esse momento em que a gente cai na real e tem o famoso choque cultural. Começei a entender que por instantes eu deveria me desapegar de toda a minha bagagem cultural e me jogar naquele novo cenário onde nada fazia sentido...Mas de leve, sem julgar se é bom ou ruim, se é certo ou errado,como uma observadora fiel.Daí tudo faria mais sentido,porque eu já não teria precedentes, sem precedentes não haveriam comparações.O mundo era novo, minha percepção também era nova.Sinto falta disso, sair do meu mundinho e entrar no do outro.Deu até vontade de cantar uma musiquinha da Sandy agora, mas já passou. Minha sede tá aumentando, e eu não vejo a hora de poder embarcar numa longa viagem de novo.E sentir saudade de casa de novo, e sentir vontade de viajar de novo, e ir nesse looping infinito. Insistiram perguntando como a gente consegue comer arroz e feijão todo dia. E eu não pude evitar a resposta mais simples: assim como vocês comem batata todo dia, ou melhor porque o cosmos decidiu que assim fosse.

Mister pra quê.

Pra quê que eu fui mudar de idéia? Pra quê?Pra quê toquei nesse assunto?Pra quê reclamei da vida? Pra quê? Pra quê decidi mudar de rumo?Pra quê deixar passar e não notar? Pra quê pensar nisso? Que preguiça.

domingo, 28 de outubro de 2012

A arte de ser leve

Um livro indicado pelo pai da minha querida Mariana,de leitura leve, assim como o título e que me trouxe auxílio para situações simples das quais complico em um piscar de olhos não que seja instantânea a descomplicação, mas faz repensar na receita e tentar não pesar a mão no sal.Livro de Leila Ferreira, uma dessas jornalistas da rede globo que fala bonito, e dessa vez ela vai além, fala da simplicidade e da arte da leveza de espírito.Têm um senso crítico maravilindo e uma excelente observação.O livro cheira de longe a auto ajuda mas foge dos padrões e surpreende bastante. Leila sugere uma dieta da alma e desenrrola a prosa colocando os pontos que considera mais importantes: Gentileza, Bom Humor, Descomplicação, Desaceleração e Convivência.Viaja bastante, conversa e conta histórias de figuras totalmente discrepantes, da dona Maria rendeira que vive em Sabará até o filósofo famoso que vive na Europa, mostrando sobre pessoas que simplismente sabem viver de forma leve, porque sim, é um estilo de vida!Entra também na questão da pressa, esse mundão doido onde ninguém tem tempo pra nada e nem pra seu ninguém.Um dos bate papos que mais me marcou foi a entrevista dela com o Dadá maravilha,conversavam sobre como ele é alegre,sorridente e leva tudo na esportiva(não é atoa o pseudônimo) e pra minha surpresa ele fala: isso não significa que sou feliz!Sou uma pessoa de bem com a vida, mas não tem como ser feliz o tempo todo. Daí a viagem daquele velho circulo vicioso sobre oque é a felicidade e suas várias formas se inicia... O livro me prendeu e quando fui chegando ao final, senti aquela sensação de dever cumprido: pronto agora sei oque fazer pra ser leve, vou seguir essa dieta aqui e tá tudo certo. Ledo engano. Leila mete a true e esfrega na minha cara que ela também não sabe ao certo do que se trata a leveza,a felicidade e afins,que tem muuuitas angústias, mágoas de pessoas que não sabem conviver bem, não sabe lidar com mau humor de alheios e nem sabe se os supostos entrevistados diziam a verdade sobre a tal leveza.Mas de uma coisa ela tem certeza,essa leveza simplificaria a vida e traria um estado de vida ideal.Leila é de uma sensibilidade tamanha, consegue passar exatamente o feeling,essa vontade de aprender a ser manso e suave que a GENTE têm, e deixa claro oque pensa:cada um vai ter uma forma de assim fazê-lo.Ela tá no meio do caminho, e o meio do caminho é exatamente o livro.Não seria ela quem poderia dizer onde está a leveza do MEU espírito,não é?Claro que suposições lógicas podem ser feitas,a sociedade ta aí com toda a sorte de deficiências escancaradas, mas teoria é beeeem diferente de prática!Descobri isso sozinha, créditos por favor! A parte mais interessante é a que fala sobre a felicidade, sobre a obrigação que todos temos nesse mundo moderno de sermos felizes e de como essa busca desenfreada só é capaz de nos fazer mais infelizes. Antes é preferível buscar a leveza através de uma série de atitudes que juntas são capazes de fazer nossa vida bem melhor. PS:depois da leitura,vez ou outra consigo sentir essa leveza.E notei também que esse abacaxi que a Leila Ferreira
me deu pra descascar é bem azedo, mas também é doce.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Time after time

Meu intercâmbio acabou, já estou de volta há 11 meses.Na verdade a existência desse blog me passou despercebida por muito tempo e não dei continuidade.Uma pena eu não ter escrito sobre tudo oque aconteceu, sobre como tudo mudou,das pessoas que conheci,o tanto que aprendi,como tudo foi maravilhoso e quantos tapas levei.Mas sei que esse papo de ex intercambista apaixonada não vai acabar tão cedo haha!Ainda vou falar muito desse tema. O mais engraçado de tudo é poder ver as coisas que eu escrevi há um ano e lembrar do que sentia na hora que estava escrevendo,morro de nostalgia! Voltei a estarca zero,quero escrever aleatoriamente e fazer disso um hábito.Quero poder ter aqui sempre que quiser um pouco do que eu era, do que sou, ou do que quero ser,ou nada disso, só mesmo ler essas tantas coisas, bobagens e desabafos que por aqui irei escrever.Dar risada claro, muitas risadas...