segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Hey ho, let's go

Tô com tanta vontade de viajar, de ver as coisas pela primeira vez outra vez.Daquela sensação de não saber a lingua muito menos oque dizer.Quando a gente viaja, começa a ver as coisas por outro prisma. No inicio questionei muito os costumes.Morei com uma irlandesa super bem humorada, que fazia questão de parar pra me escutar, apesar daquele inglês intragável.Ahhh... Porque vocês são assim?Mas assim como? Assim!Porque tantas batatas?Porque? Até começar a me comunicar de fato e ser repreendida pelos mesmos tipos de perguntas.Como vocês conseguem comer arroz com feijão todo dia? Porque toma dois banhos por dia? Como é engraçado esse momento em que a gente cai na real e tem o famoso choque cultural. Começei a entender que por instantes eu deveria me desapegar de toda a minha bagagem cultural e me jogar naquele novo cenário onde nada fazia sentido...Mas de leve, sem julgar se é bom ou ruim, se é certo ou errado,como uma observadora fiel.Daí tudo faria mais sentido,porque eu já não teria precedentes, sem precedentes não haveriam comparações.O mundo era novo, minha percepção também era nova.Sinto falta disso, sair do meu mundinho e entrar no do outro.Deu até vontade de cantar uma musiquinha da Sandy agora, mas já passou. Minha sede tá aumentando, e eu não vejo a hora de poder embarcar numa longa viagem de novo.E sentir saudade de casa de novo, e sentir vontade de viajar de novo, e ir nesse looping infinito. Insistiram perguntando como a gente consegue comer arroz e feijão todo dia. E eu não pude evitar a resposta mais simples: assim como vocês comem batata todo dia, ou melhor porque o cosmos decidiu que assim fosse.

Mister pra quê.

Pra quê que eu fui mudar de idéia? Pra quê?Pra quê toquei nesse assunto?Pra quê reclamei da vida? Pra quê? Pra quê decidi mudar de rumo?Pra quê deixar passar e não notar? Pra quê pensar nisso? Que preguiça.

domingo, 28 de outubro de 2012

A arte de ser leve

Um livro indicado pelo pai da minha querida Mariana,de leitura leve, assim como o título e que me trouxe auxílio para situações simples das quais complico em um piscar de olhos não que seja instantânea a descomplicação, mas faz repensar na receita e tentar não pesar a mão no sal.Livro de Leila Ferreira, uma dessas jornalistas da rede globo que fala bonito, e dessa vez ela vai além, fala da simplicidade e da arte da leveza de espírito.Têm um senso crítico maravilindo e uma excelente observação.O livro cheira de longe a auto ajuda mas foge dos padrões e surpreende bastante. Leila sugere uma dieta da alma e desenrrola a prosa colocando os pontos que considera mais importantes: Gentileza, Bom Humor, Descomplicação, Desaceleração e Convivência.Viaja bastante, conversa e conta histórias de figuras totalmente discrepantes, da dona Maria rendeira que vive em Sabará até o filósofo famoso que vive na Europa, mostrando sobre pessoas que simplismente sabem viver de forma leve, porque sim, é um estilo de vida!Entra também na questão da pressa, esse mundão doido onde ninguém tem tempo pra nada e nem pra seu ninguém.Um dos bate papos que mais me marcou foi a entrevista dela com o Dadá maravilha,conversavam sobre como ele é alegre,sorridente e leva tudo na esportiva(não é atoa o pseudônimo) e pra minha surpresa ele fala: isso não significa que sou feliz!Sou uma pessoa de bem com a vida, mas não tem como ser feliz o tempo todo. Daí a viagem daquele velho circulo vicioso sobre oque é a felicidade e suas várias formas se inicia... O livro me prendeu e quando fui chegando ao final, senti aquela sensação de dever cumprido: pronto agora sei oque fazer pra ser leve, vou seguir essa dieta aqui e tá tudo certo. Ledo engano. Leila mete a true e esfrega na minha cara que ela também não sabe ao certo do que se trata a leveza,a felicidade e afins,que tem muuuitas angústias, mágoas de pessoas que não sabem conviver bem, não sabe lidar com mau humor de alheios e nem sabe se os supostos entrevistados diziam a verdade sobre a tal leveza.Mas de uma coisa ela tem certeza,essa leveza simplificaria a vida e traria um estado de vida ideal.Leila é de uma sensibilidade tamanha, consegue passar exatamente o feeling,essa vontade de aprender a ser manso e suave que a GENTE têm, e deixa claro oque pensa:cada um vai ter uma forma de assim fazê-lo.Ela tá no meio do caminho, e o meio do caminho é exatamente o livro.Não seria ela quem poderia dizer onde está a leveza do MEU espírito,não é?Claro que suposições lógicas podem ser feitas,a sociedade ta aí com toda a sorte de deficiências escancaradas, mas teoria é beeeem diferente de prática!Descobri isso sozinha, créditos por favor! A parte mais interessante é a que fala sobre a felicidade, sobre a obrigação que todos temos nesse mundo moderno de sermos felizes e de como essa busca desenfreada só é capaz de nos fazer mais infelizes. Antes é preferível buscar a leveza através de uma série de atitudes que juntas são capazes de fazer nossa vida bem melhor. PS:depois da leitura,vez ou outra consigo sentir essa leveza.E notei também que esse abacaxi que a Leila Ferreira
me deu pra descascar é bem azedo, mas também é doce.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Time after time

Meu intercâmbio acabou, já estou de volta há 11 meses.Na verdade a existência desse blog me passou despercebida por muito tempo e não dei continuidade.Uma pena eu não ter escrito sobre tudo oque aconteceu, sobre como tudo mudou,das pessoas que conheci,o tanto que aprendi,como tudo foi maravilhoso e quantos tapas levei.Mas sei que esse papo de ex intercambista apaixonada não vai acabar tão cedo haha!Ainda vou falar muito desse tema. O mais engraçado de tudo é poder ver as coisas que eu escrevi há um ano e lembrar do que sentia na hora que estava escrevendo,morro de nostalgia! Voltei a estarca zero,quero escrever aleatoriamente e fazer disso um hábito.Quero poder ter aqui sempre que quiser um pouco do que eu era, do que sou, ou do que quero ser,ou nada disso, só mesmo ler essas tantas coisas, bobagens e desabafos que por aqui irei escrever.Dar risada claro, muitas risadas...